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Raiva: como lidar com esse sentimento destrutivo?
Raiva: como lidar com esse sentimento destrutivo? – Foto: Liza Summer / Pexels

Estamos vivendo tempos estranhos! Quando surgiu a pandemia, o único fato positivo que víamos no meio de todo sofrimento era que ela traria mais união, solidariedade e compaixão entre as pessoas, mas o que percebo – me critiquem se eu estiver errado – é um cenário bem diferente. Egoísmo e raiva parecem ter se tornado os sentimentos dominantes. Até uma guerra está acontecendo, que era algo que mesmo a criatura mais pessimista jamais imaginaria acontecer depois de tudo que o mundo atravessou – e vem atravessando, porque a pandemia ainda não acabou!

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O ódio está por todo lado. Ontem mesmo, logo cedo pela manhã, já recebi uma “patada” do motorista do aplicativo, porque não encontrava vaga eu ainda fui o culpado pelo trânsito. Almoço quase sempre em restaurantes próximos ao meu trabalho, ao lado de outros trabalhadores da região. Não tem como não ouvir as conversas, e os assuntos sempre são os mesmos. São discursos cheios de ódio e ingratidão, seja sobre o trabalho, sobre o chefe ou o colega. Já vi discussões feias em pleno almoço.

Não existe preocupação em ser pelo menos educado com as pessoas ao redor. Se você liga a TV ou lê um jornal, roubos e assassinatos dominam as manchetes e, nas redes sociais, qualquer comentário que você faça é distorcido para a política. Consequentemente, recebemos uma enxurrada de xingamentos gratuitos. O ódio está por todo lado e não está fácil! Não sei se eu não estou sabendo brincar, mas quero descer desse “play”.

Raiva ou Transtorno Explosivo Intermitente?

Existem pessoas que são sempre agressivas. Às vezes pensamos que essa atitude faz parte de uma fase, mas por trás desse comportamento agressivo frequente pode haver um problema psicológico. O que muitas vezes é confundido com um temperamento ‘esquentado’, em alguns casos é chamado na medicina de TEI (Transtorno Explosivo Intermitente), uma condição comum e que pode ter explicação no passado incluindo como a pessoa foi criada. Também não podemos agora justificar toda essa agressividade com a desculpa desse transtorno.

O transtorno explosivo intermitente se caracteriza pela mudança brusca de temperamento. A pessoa está bem, com humor “ok”, ou seja, não é uma pessoa que se irrita facilmente, e do nada explode com uma magnitude desproporcional frente a situações que uma pessoa normal reagiria de uma forma mais calma.

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É um transtorno comum entre crianças que viveram em um ambiente familiar agressivo e em indivíduos com histórico de trauma físico e emocional durante as primeiras duas décadas de vida. É um transtorno de impulso e todos nós temos esse impulso, mas temos filtro e autocontrole. No transtorno explosivo impulsivo, autocontrole passa longe e a pessoa explode. Com certeza você já conheceu ou conhece alguém assim – eu espero que não seja você!

Tudo bem, sabemos que não faz bem guardar sentimentos de raiva e mágoa, inclusive existe uma tese que diz ser preciso expressar as emoções e jogar as energias para fora do corpo sem nenhum pudor para que essas emoções negativas não sejam transformadas em doenças, mas para tudo existe um limite. O indivíduo ao seu lado não é responsável por toda essa “coisa” ruim que você está sentindo – ou pelo menos não na maioria das vezes!

Embora muitos duvidem desta tese, a ciência comprovou que sentimentos como esses são tão perigosos para a saúde quanto o cigarro e a obesidade. Os especialistas explicam que, em pequenas doses, o sentimento de raiva pode até ser saudável – servindo de impulso para ações ou motivações de mudanças, mas quando ela extrapola o bom senso, passa a prejudicar o bem-estar físico e o convívio social.

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O cultivo da raiva excessiva faz com que o corpo humano entre em estado de estresse, gerando uma cascata de adrenalina no organismo. A raiva pode causar alterações fisiológicas como aumento da pressão e dos batimentos cardíacos, tonturas, vertigens, tremores, inquietação, cansaço físico excessivo, falta de memória, problemas gastrointestinais e insônia, podendo – em casos mais graves- levar a um infarto cardíaco ou a um acidente vascular cerebral (AVC).

Como trabalhar internamente esse sentimento de raiva?

1. Primeiro, não negando o sentimento. Entenda o que está acontecendo e avalie com a maior clareza possível. Tenha bom senso para descobrir se as suas reações estão sendo desproporcionais aos eventos responsáveis por causar a raiva. Converse com aquela pessoa amiga e veja como ela enxerga tudo isso que vem lhe acontecendo.

2. Abra o jogo de forma clara e objetiva com as pessoas ao seu redor, fale o que você está passando e como se sente. Isso evita que mágoas mal resolvidas possam se transformar em raiva excessiva e acumulada.

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3. Segure a onda! Conte até 10 – ou até 100, se precisar. Evite agir por impulsividade. As ações movidas por impulsos geralmente causam excessos desnecessários. O ideal, ao sentir aquele acesso de raiva, é sempre esperar e refletir antes de reagir. Existe um provérbio chinês que diz: “Se você é paciente em um momento de raiva, você evitará cem dias de sofrimento”.

4. Por que não investir em um hobby? Assim como praticar atividade física, adotar uma alimentação equilibrada e melhorar a qualidade do sono é fundamental. As atividades prazerosas ajudam a canalizar o sentimento de raiva, mudando o foco. Canalize essa energia para algo positivo!

5. Meditação! Duvido que exista uma forma melhor de trabalhar toda essa energia dentro de você. A meditação é mais que uma técnica, ela deveria ser um hábito de todos! Já falamos mais detalhadamente sobre isso aqui na Bons Fluidos, e você pode conferir clicando aqui.

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6. Fitoterápicos, florais, aromaterapia e homeopatia vão lhe ajudar! Busque orientação com profissional de saúde da área.

7. E finalmente o mais importante, procure ajuda profissional. Terapia já!

Controle da raiva com homeopatia

Podemos também buscar uma ajuda extra para controle dessa raiva. Existem medidas não farmacológicas e farmacológicas úteis para aliviá-la, entre elas a homeopatia, que configura medicamentos seguros e eficazes para qualquer idade que ajudam o indivíduo a enfrentar o estresse de forma natural, sem afetar o seu dia-a-dia.

Medicamentos como Pasifflora, Coffea, Gelsemium, Ignatia ou Argentum nitricum, podem ser úteis, mas você precisa buscar orientação de um médico ou farmacêutico homeopático.

As principais vantagens dos medicamentos homeopáticos nos indivíduos que sofrem com irritabilidade:

Atuam eficazmente sobre a irritabilidade, ansiedade e os transtornos de sono associados:

O indivíduo sente alívio dos sintomas ao nível psíquico (distúrbios do sono, irritabilidade), físico (dor de cabeça, problemas digestivos, contraturas musculares, palpitações e cansaço persistente) e comportamental (hiperatividade, falta de concentração, baixa autoestima, consumo excessivo de substâncias nocivas, como café, tabaco e álcool), facilitando uma terapia mais global e personalizada. Nux vómica, Ignatia amara, Aconitum napellus, Calcarea carbónica, Lycopodium clavatum são alguns exemplos.

Apresentam tolerabilidade e ausência de dependência:

Não foram descritos efeitos secundários relevantes associados à sua ingestão, assim como distúrbios gastrointestinais, reações de fotossensibilidade, redução da lividez, boca seca, entre outros. Portanto, é possível tomar medicamentos homeopáticos durante um largo período e interromper o tratamento sem sofrer nenhum efeito secundário ou dependência.

Interação farmacológica:

Pessoas que já recorrem a psicofármacos não precisam interromper o tratamento para usar a homeopatia. A homeopatia atua sobre a questão energética do indivíduo e não há nenhuma interação farmacológica que venha a prejudicar o mesmo. Assim como podem evitar o aumento da dose de psicotrópicos, minimizando possíveis efeitos secundários. A homeopatia também é uma alternativa nos casos em que existe dificuldade ou negação do uso de psicofármacos.

Não causam sonolência:

Também não afetam a memória ou a capacidade de concentração, e não afetam a coordenação. Por isso, é possível conduzir e trabalhar com equipamentos que requerem atenção especial, visto que não influenciam os reflexos.

Seguros para doentes de risco:

É indicada para idosos, pessoas com insuficiência respiratória, doentes com insuficiência renal ou hepática, doentes polimedicados, grávidas e lactantes.

Por fim, autocontrole é o medicamento mais precioso no tratamento da raiva. Termino esse artigo com uma frase de Buda: “Persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão quente com a intenção de o atirar em alguém. É sempre quem levanta a pedra que se queima”.

Boa sorte, lhe desejo paz!


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